Aprendemos com esta experiência que não são só os laços de sangue que determinam uma família , mas a tolerância, o compromisso, a solidariedade e a confiança.

A Agustina fará para sempre parte da nossa família, não foi fácil aceitar a diferença na nossa vida e na vida dela, só foi possível com Tolerância de parte a parte, tivemos muita sorte porque a Agustina é um excelente ser humano.

Para esta experiência correr bem tem de haver um Compromisso familiar no que diz respeito a valores, mas também neste caso temos de ter a mente aberta para a diferença.

Solidariedade, tem de nos definir enquanto família, porque a melhor maneira de sermos felizes é contribuir para a felicidade dos outros.

A Agustina teve um problema com um familiar e teve de regressar à Argentina, mas voltou a Portugal, para acabar o programa. Penso que foi para todos nós o momento mais difícil, mas ultrapassado, porque foi numa altura em que já éramos realmente uma família.

Por fim ao longo desta experiência a Confiança tem de ser o mais básico dos sentimentos, é necessário confiar e ter o espírito aberto porque os nossos filhos e filhas  de acolhimentos são diferentes, mas no final crescemos e aprendemos todos enquanto pessoas e o mais importante enquanto Família.

Já fazia sentido antes da experiência mas hoje faz ainda mais “Acolha a diferença”

Sónia Lourenço
Família de Acolhimento de uma estudante AFS da Argentina
2018, Setúbal