Parte I

Ao princípio nunca se sabe o que se vai fazer numa experiência tão forte como uma peregrinação. No meu caso foi mesmo assim. Da 1ª missa na praia até a celebração na capelinha, foi sempre uma descoberta.

Havia momentos em que precisava de andar sozinha e meditar sobre o caminho físico e espiritual. Mas havia também momentos em que tinha mesmo que cantar e falar com as outras pessoas, como a Renata e a Samanta, porque uma peregrinação serve também para criar comunidade.

Obviamente esta peregrinação não podia ser sempre fácil. Alguns momentos foram difíceis por causa das subidas, do calor ou da dor nos pés e por isso às vezes pensava que não ia aguentar e preferia parar. Mas nunca desisti e continuei sempre o meu caminho.

Uma das coisas que mais gostei desta peregrinação foi quando percebi o que significava ser “misericordioso como o Pai” que era o tema da peregrinação. Significa fazer pequenas coisas para ajudar os outros. Não importa quanto é grande a ajuda, o que é importante é quanto dás do teu coração.

Outra coisa que adorei foi o que um rapaz disse: nós somos como árvores que crescem muito devagar, folhinha por folhinha, mas no fim de tudo aquele crescer transforma-nos em árvores fortes, enormes e cheias de folhas. Eu pensei que esta frase descreve exactamente a nossa experiência durante este ano, porque nós fazemos pequenos passos para a frente, fazemos pequenas experiências para nos tornarmos adultos autónomos e cheios de aventuras difíceis mas sobretudo maravilhosas!

Não há palavras suficientes para explicar o quanto me sinto feliz por ter conhecido Fátima porque quando cheguei lá e vi e rezei a nossa senhora, o meu coração ficou tão cheio de paz e felicidade que ir-me embora foi muito difícil.
Sinto-me também muito agradecida para ter vindo cá em Portugal e ter visto tantas coisas e obviamente ter vivido esta fantástica peregrinação.

Parte II

Bem! Estive a pensar muito naquilo que queria dizer ao fim desta experiência e percebi que não há palavras suficientes para mostrar quanto estou feliz! Sinto-me muito agradecida à minha família que me ajudou a realizar este sonho! Também me sinto agradecida às pessoas que conheci, por tudo aquilo que fizeram e aquelas que agora estão no meu coração! Os meus amigos, da AFS mas também portugueses, os escuteiros, o “Refood”, a minha equipa do vólei, a Nika (!!) e o mais importante: a minha fantástica família portuguesa, que sempre me ajudou, me ofereceu muitas experiências e demasiadas viagens por Portugal que nem um português faz. Todas as vezes que me deu amor e me fez sentir parte da família como filha, irmã e também neta.

E para concluir, não queria por uma fotografia que mostrasse a minha aventura acabada, queria mostrar quantos dias passei fora da minha casa e em quantos dias este país se tornou a minha segunda casa. A minha aventura não acabou mas começa agora mesmo. Porque tudo aquilo que aprendi aqui levo para casa e mostro a toda a gente! Mais uma vez obrigada a todos e que nunca se esqueçam da rapariga italiana com o sorriso nos lábios!

Arianna Valerioti, estudante AFS 2015/16
Programa AFS Itália-Portugal